O fato de as projeções do pico de infectados pela Covid-19 mudar de data é algo bom, segundo explicou nesta sexta-feira, 17, o infectologista David Uip. Isto significa que as medidas de isolamento, que a quarentena, tem surtido efeito para achatar a curva de contaminação e garantir o atendimento hospitalar a todos os pacientes que necessitarem de internação.
“As pessoas falam sobre o pico, que aconteceria em abril, agora em maio, mas isto é uma boa notícia. Mostra que as medidas foram efetivas. O objetivo é achatar a curva e estamos conseguindo. O isolamento social em 50% é um bom número, mas nosso objetivo é aumentar este percentual”, salientou.
O vírus tem um alto poder de contágio e diminuir o número de infectados garante também que o Estado e os municípios tenham tempo para organizar a infraestrutura de atendimento à doença.
Um paciente internado e que evolui para cura fica por volta de duas semanas no hospital, conforme informação do secretário de Saúde do Estado de São Paulo, José Henrique Guerman em coletiva. Os casos mais graves, que evoluem para o óbito, costumam ficar mais de três semanas na UTI.
Se muitas pessoas precisarem de hospitalização ao mesmo tempo pode não haver leito e nem respiradores suficientes para todos. Hoje São Paulo tem 1.500 leitos para UTI e 1.800 de enfermaria. “Os leitos serão acrescido à medida da necessidade”, disse o secretário.