Um estudo produzido pelo Grupo de Estudos em Planejamento Territorial e Ambiental do IF Sul de Minas (Geplan), de Poços de Caldas, chama a atenção para a vulnerabilidade da população idosa do Sul Minas. No estado mineiro, a região Sul é uma das que apresentam maior número de idosos, grupo considerado de risco para as complicações causadas pelo novo coronavírus.
Segundo o coordenador do Geplan, professor Sérgio Teixeira, os municípios destas mesmas regiões apresentam um maior registro de casos confirmadas por Covid-19, o que denota um agravamento da situação, já que são justamente as cidades com maior número de idosos, que fazem parte dos grupos mais sensíveis à letalidade da Covid-19.
Diante do aumento de casos de Covid-19 e do maior índice de envelhecimento no Sul de Minas, o Geplan acredita que sejam necessárias medidas públicas de atenção à população, principalmente nas cidades cortadas por rodovias, que seriam os principais eixos de disseminação da doença.
“Cidades que fazem fronteira com tais rodovias, e que apresentam um maior índice de envelhecimento são mais tendenciosas às maiores taxas de adoecimento da população, maiores demandas quanto ao sistema de saúde e mais propensas à letalidade do vírus, caso ocorra um agravamento da situação por conta das medidas de flexibilização do isolamento social (abertura de comércios, serviços e descontrole de circulação). Assim, tais municípios merecem a devida atenção por parte dos órgãos gestores públicos, de modo a garantir a manutenção das medidas de enfrentamento à disseminação da Covid. Sugere-se ainda, maior atenção à população idosa e instalação de pontos de controle de medição de temperatura nos eixos que ligam as principais cidades do Sul e Sudoeste de Minas aos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Esta última medida contribuiria para impedir a dispersão da Covid-19 em Minas, provinda destes dois estados, resultando em menores incidências de casos”, afirmou o professor Sérgio.