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Campanha alerta sobre perigos das linhas cortantes

Campanha alerta sobre perigos das linhas cortantes

As forças de Segurança Pública de Minas Gerais iniciaram uma campanha on-line para alertar a população quanto aos riscos do uso de cerol e linha chilena nas pipas ou papagaios, além  de incentivar a denúncia do comércio ilegal desses materiais. Batizada de “A Vida por um Fio”, a iniciativa é fruto de uma parceria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) com a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros Militar.

A campanha conta com vídeo e peças gráficas com alertas e dicas de segurança. O objetivo é minimizar os acidentes envolvendo linha chilena e cerol e fazer com que mais pessoas denunciem o comércio ilegal de linhas cortantes em todo o estado, por meio do Disque Denúncia Unificado (DDU), o 181.

 

Números

Balanço do 181 aponta 198 denúncias de comércio ilegal de linha chinela e cerol durante o ano de 2019. Em 2020, somente no primeiro semestre, já foram recebidas 143 denúncias – número que, com a campanha, tende a crescer ainda mais. Para o superintendente de Integração e Planejamento Operacional da Sejusp, Leandro Almeida, é importante que a população continue contribuindo com as forças de segurança e denunciando qualquer suspeita, para que essa prática criminosa seja devidamente penalizada.

 

Fiscalização

As Polícias Militar e Civil realizam constantes operações de fiscalização e repressão ao comércio ilegal de linhas cortantes em todo o estado. O porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, major Flávio Santiago, ressalta que, além das operações realizadas, a denúncia é de suma importância para que a atuação seja ainda mais eficiente.

A lei estadual que veda a comercialização e o uso de linha cortante em pipas, papagaios e similares está em vigor desde dezembro do ano passado. A multa para quem for flagrado vendendo linhas cortantes varia de R$ 3.590 a R$ 179 mil (para casos de reincidência). Já quando a linha cortante apreendida estiver em poder de criança ou adolescente, seus pais ou responsáveis legais serão notificados da autuação e o caso será comunicado ao Conselho Tutelar.

 

Cuidados

Com os ventos mais fortes desta época do ano, é comum a brincadeira de empinar pipas. Para que a diversão não termine em tragédia, a população precisa respeitar alguns cuidados. Mesmo sem linhas cortantes, a pipa pode apresentar perigos. A capitão Thaise Rodrigues, do Corpo de Bombeiros Militar, faz o alerta e lembra que um segundo de distração pode ser o suficiente para gerar um acidente.

Soltar pipas com linhas cortantes pode representar um perigo também no ar. A capitão Thaise reforça que uma brincadeira aparentemente inofensiva pode comprometer a segurança de aeronaves e gerar reflexos nos atendimentos de urgência e emergência realizados pelos helicópteros das forças de segurança, além de colocar a vida da tripulação em risco. Em 2015, por exemplo, uma linha com cerol provocou estragos no helicóptero Pégasus, do Comando de Radiopatrulhamento Aéreo da Polícia Militar, e, em 2018, uma linha se enroscou na aeronave Arcanjo 4, do Corpo de Bombeiros, causando um prejuízo de mais de R$ 135 mil para o Governo do Estado e vários dias sem a aeronave em atividade, o que prejudica o atendimento da corporação para salvar vidas.

 

Dicas

https://www.youtube.com/watch?v=R1hp8BwTdhM&feature=youtu.be

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