Prefeituras terão de anunciar calendários de retorno das aulas
Na próxima semana, o Governo de São Paulo vai publicar uma resolução para regulamentar a necessidade de os 645 municípios manifestarem se vão ou não aderir ao plano de retomada das aulas presenciais sugerido pelo Estado.
A previsão é que as escolas possam reabrir opcionalmente para aulas de recuperação a partir de 8 de setembro. Todavia, as prefeituras terão autonomia, embasadas pelos indicadores epidemiológicos de suas regiões e aval da vigilância sanitária, para acompanhar ou não o calendário.
As 91 Diretorias de Ensino ligadas à rede estadual de São Paulo ficarão responsáveis pelo contato com as prefeituras, respeitando as circunstâncias locais em relação à pandemia do coronavírus, e por acompanhar as decisões locais. Os calendários abrangem tanto as escolas públicas quanto as particulares.
Cronograma previsto
Para retomar atividades presenciais a partir de 8 de setembro, as escolas devem estar em regiões que permanecem ao menos há 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo. As unidades podem receber alunos para aulas de reforço, recuperação e atividades opcionais.
Nesta primeira etapa, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, o limite máximo é de até 35% dos alunos em atividades presenciais. Para os anos finais do ensino fundamental e ensino médio, o limite máximo é de 20%.
O retorno oficial das aulas é previsto para 7 de outubro, o que só ocorrerá se 80% do estado estiver por 28 dias seguidos na fase amarela. A retomada será gradual e, na primeira etapa, vai atingir até 35% dos alunos.
Inquérito sorológico
O governo estadual realizará um inquérito sorológico na rede estadual de Educação para mensurar a circulação do coronavírus Sars-CoV-2 entre integrantes da comunidade escolar.
“Esse inquérito acompanha a estatística necessária para que a informação sobre a evolução da epidemia na rede, seja de alunos e de professores, possa nos dar clareza necessária para a preparação para a volta às aulas de mais de 3,5 milhões de estudantes e de 240 mil profissionais da área da educação”, disse o vice-governador, Rodrigo Garcia.
O procedimento será organizado pelas Secretarias de Estado da Educação e da Saúde. Mais informações serão divulgadas na próxima semana.
“É importante termos essa experiência na rede estadual tanto para os nossos estudantes quanto para os nossos profissionais, professores, agentes de organização. Todos eles vão participar desse processo, que nos trará uma claridade ainda maior sobre os nossos próximos passos”, afirmou o Secretário da Educação, Rossieli Soares.
Imagem: Elza Fiúza/ Agência Brasil