Considerada uma doença da terceira idade, o câncer de próstata ocorre em 75% dos casos no mundo a partir de 65 anos de idade. “Entretanto, o seu rastreamento deve ser feito a partir dos 45 anos por todos os homens. Para os pacientes negros ou com histórico familiar da doença, os exames precisam ser realizados a partir dos 40 anos de idade”, recomenda o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).
Estimativas do Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva) apontam o registro de 65.840 novos casos em 2020, colocando este tumor como o segundo em mortalidade.
O aumento do diagnóstico e a melhoria na qualidade dos sistemas de informação no país são fatores que contribuíram para o crescimento nas taxas de incidência no Brasil.
O oncologista explica que o exame que avalia a quantidade do antígeno prostático específico, conhecido como PSA, faz parte de uma primeira avaliação com o especialista: “O toque retal é outro procedimento, ainda muito estigmatizado pelos homens. Mas é preciso lembrar que o exame é rápido e fundamental para o diagnóstico. Ele permite que o médico perceba se há nódulos ou tecidos endurecidos”.
Ramon de Mello lembra que dificuldade ou urinar mais vezes durante o dia ou à noite podem ser sintomas dessa doença: “É importante ressaltar que alguns pacientes sequer apresentam qualquer mudança na fase inicial. Por isso, a recomendação de exames periódicos como forma de prevenção”.
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