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PM de Serra Negra morre em situação de suicídio que está em investigação

Serra negra suicídio Soldado PM

A Polícia Civil de Serra Negra investiga um caso de suicídio de um Soldado PM ocorrido na manhã de quarta-feira (24) no loteamento Refúgio da Serra, na região do Bairro das Posses. Segundo apurado, a ocorrência envolveu a Soldado PM Natália Celisa dos Santos, da 2ª Cia do 34º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I), uma mulher de 35 anos.

As causas da morte estão sendo investigadas, porém o que se sabe é que a Soldado PM Natália Celisa dos Santos tinha quatro anos de serviço ativo na PM do Estado de São Paulo e morava com sua família no Loteamento Refúgio da Serra, em Serra Negra.

Conforme boletim da PM, a Soldado Celisa cometeu suicídio, em circunstâncias a serem melhores apuradas pela investigação da Polícia Civil, através de um disparo de arma de fogo na região da cabeça, sendo utilizada a arma da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP).

O fato ocorreu no interior da sua residência no município de Serra Negra. Ela deixa uma filha, mãe e irmão, sendo este último Guarda Civil Municipal no município de São Paulo.

Na cidade de Serra Negra e pelas redes sociais, foram muitas as manifestações de pesar, incluindo homenagens da PM e da Prefeitura Municipal em pesar a dor da família enlutada e amigos da Corporação.

Suicídio entre policiais

O Instituto de Pesquisa, Prevenção e Estudos em Suicídio (IPPES) divulgou em 2020 a segunda edição do Boletim de Notificação de Mortes Violentas Intencionais entre Profissionais de Segurança Pública no Brasil. Desde 2016, pesquisadores do IPPES monitoram e sistematizam notificações de mortes violentas intencionais (suicídio consumado, homicídio seguido por suicídio e as mortes por causa indeterminada) e as tentativas de suicídios entre profissionais de segurança pública.

Os casos relatados envolvem profissionais da Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Forças Armadas, Sistema Prisional e Guarda Municipal de 23 unidades federativas do país. Os dados são obtidos por fontes não oficiais, como notícias publicadas em websites e uma rede de colaboradores que participam de grupos de agentes de segurança pública no WhatsApp.

Foram registradas 143 notificações em 2019, um crescimento de 39% em relação a 2018. Entre elas, 83 foram de suicídios consumados, 39 tentativas de suicídio, 16 homicídios seguido de suicídios, 3 mortes por causas indeterminadas (suspeita) e 2 outros.

Dos 83 profissionais de segurança pública vítimas de suicídio em 2019, 74 eram do sexo masculino e 9 do feminino. A média de idade desses agentes é de 40 anos e a arma de fogo foi o principal meio utilizado.

A Polícia Militar é a instituição com mais vítimas de suicídio, somando 56 notificações, de acordo com o levantamento. A Polícia Civil contabilizou 9 suicídios, o Corpo de Bombeiros Militar 3, a Polícia Federal 3, a Polícia Rodoviária Federal 2, o Sistema Prisional 6, as Forças Armadas 3 e a Guarda Municipal 1. Entre policiais militares, praças representam 81% das vítimas de suicídio. Na Polícia Civil, dos 8 casos reportados, 4 eram de inspetores de polícia, 2 delegados, 1 escrivão de polícia e 1 não teve o cargo informado.

São Paulo e Rio de Janeiro lideram os números de notificações, com 15 e 13 suicídios consumados de profissionais de segurança pública registrados, respectivamente. Entretanto, ao comparar as taxas da Polícia Militar, que leva em conta o efetivo de cada estado, São Paulo e Rio de Janeiro aparecem na 5° e 6° posição no ranking, com 0,9 suicídios consumados notificados para cada 10 mil PMs. Alagoas lidera o ranking com taxa de 4,5, seguido do Piauí com 3,5 e Ceará com 2,77.

Uma novidade nesta edição do Boletim é a exploração dos fatores associados às ocorrências a partir das informações disponíveis nas notificações e nas matérias jornalísticas referentes aos casos. Elas foram codificadas e quantificadas com o auxílio de software de análise qualitativa. Entre os suicídios consumados, os fatores individuais são os mais relatados, seguido de fatores sociais e organizacionais.  Veja o estudo no  link: https://ippesbrasil.com.br/wp-content/uploads/2020/09/Boletim-IPPES-2020-Notifica%C3%A7%C3%A3o-de-Mortes-Violentas-Intencionais-entre-Profissionais-de-Seguran%C3%A7a-P%C3%BAblica-no-Brasil-ERRATA.pdf

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