Com o tema “Movimente-se: Sangue Salva”, o Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) está na campanha Junho Vermelho para incentivar a doação de sangue.
O Hemocentro vai aproveitar o ano da realização da Olimpíada de Tóquio para promover também a vida saudável e a prática de exercícios físicos. O diretor do Serviço de Coleta do Hemocentro da Unicamp, Vagner de Castro, comenta a relação entre o esporte e a doação de sangue.
“A doação de sangue remete à saúde do doador. Então usamos o tema do esporte para estimular as pessoas que têm saúde a comparecer para doação de sangue. Nós conseguimos um apoio fundamental do Vanderlei Cordeiro, medalhista olímpico na maratona, que é nosso garoto propaganda da campanha”.
Durante todo o mês de junho, o Hemocentro promove a 1ª Corrida e Caminhada Virtual em prol da doação de sangue.
A corrida ou caminhada será feita pelas pessoas inscritas que devem publicar nas redes sociais, e, com isso, mostrar que a doação de sangue está relacionada à atividade física e à saúde.
Além disso, os participantes da 1ª Corrida e Caminhada Virtual em prol a doação de sangue vão convidar as pessoas a fazerem a doação de sangue.
Ao todo, mais de 400 pessoas já se inscreveram para os percursos de 3 e 5 quilômetros, respeitando as medidas sanitárias e sem promover aglomerações. Trata-se de uma ação do Junho Vermelho, instituída pelo MS.
Queda nas doações
Dados do Ministério da Saúde estimam que, em 2020, houve uma redução de 15% a 20% no total de doações de sangue em comparação com 2019, causada pelo medo da Covid-19.
“Esse ano, temos um impacto negativo na doação, que é a pandemia da Covid-19. As pessoas estão mais preocupadas em sobreviver do que com altruísmo. Então, todas as campanhas que a gente faz têm tido um baixo resultado no retorno da comunidade…”, ressalta Vagner de Castro.
Antes da pandemia de Covid-19, o Brasil já enfrentava queda nas doações de sangue a partir de junho, mês de início do inverno no Hemisfério Sul.
“Por ser inverno, o Ministério da Saúde instituiu o Junho Vermelho como uma oportunidade de incentivar a doação sangue. Com isso, evita-se um impacto maior na queda das doações, particularmente, no Centro-Sul do Brasil, onde o inverno significa temperaturas mais baixas e as pessoas não têm disposição para sair de casa”, lembra.
O Ministério da Saúde orienta que a doação de sangue seja feita antes de o indivíduo tomar a vacina contra a Covid-19, porque o micro-organismo da imunização ainda circula por um certo tempo no sangue do doador, mesmo que de forma atenuada.
Foto: divulgação / Fernando Rodrigues/Governo do Mato Grosso
Fonte: Brasil 61