A OUTRA FACE DA MOEDA, por Celso Antunes
A OUTRA FACE DA MOEDA
Durante muito tempo Águas de Lindóia foi um paraíso entre montanhas, paisagem maravilhosa, ambiente de saúde e convivência harmoniosa entre as pessoas.
Diferente das cidades do mundo dava a impressão de ser lugar isolado dos aborrecimentos como é uma cidade de sonhos, imaginária.
Com o país pegando fogo, nos dias atuais, caiu na real.
A cidade deixou de viver em si mesma forçada pelos acontecimentos nacionais.
O turismo sofreu um apagão, os visitantes desapareceram.
Foram os pobres que ficaram sem emprego, trabalho, escola, merenda e mais adoeceram.
Os lindoienses, também, são vítimas da negligência do governo federal em não providenciar vacinas com urgência.
A população, mais de 10%, adoeceu e registra com pesar o número de 50 óbitos entre familiares, amigos e conhecidos.
A cidade é um retrato do Brasil.
Tem muita gente sofrendo e passando por dificuldades.
Além das mortes e doentes internados devido a Covid-19 há falta de dinheiro para compra de produtos básicos, gás, combustível e roupas de frio, dificuldade em pagar aluguel, água e luz, insuficiência alimentar e fome.
As campanhas de fraternidade e atividades voluntárias de arrecadação revelam essa bárbara e injusta situação na cidade.
O preço dos alimentos aumentou 30% desde o começo deste governo comendo o pouco dinheiro do rendimento, principalmente, dos mais pobres.
A cesta básica chegou a 600 reais, o gás de cozinha a 100 reais, arroz, óleo de cozinha, carne, frango, e ovos, legumes, verduras e frutas sumiram da mesa daqueles que vivem do trabalho, para os quais, o maior gasto mensal é com a comida.
80% dos lindoienses interessam por vacina no braço e comida no prato e são indiferentes com retomada da economia do país, essa economia não é para o povo.
A esperança é que esse governo acabe logo, é a outra face da moeda.
*Celso Antunes, Águas de Lindoia (SP), escreve toda semana neste espaço.
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