História: 20 de julho marca a chegada do homem na Lua, em 1969
Águas de Lindoia teria enviado água mineral à Nasa para abastecer integrantes da missão Apollo 11, mas Lindoia também reivindica que a água é lindoiana
Há exatos 52 anos, no dia 20 de julho de 1969, a humanidade comemorava a chegada do homem à Lua. O feito aconteceu às 17h17 (horário de Brasília), quando o módulo lunar (eagle) da missão da Apollo 11 aterrizava na Lua com dois astronautas a bordo: Neil Armstrong e Edwin A. Aldrin.
Um terceiro homem, Michael Collins, permanecia em órbita no módulo de comando (Colúmbia). Momentos depois, o astronauta Neil Armstrong descia as escadas do módulo lunar e, exatamente, às 23h56, tornava-se o primeiro homem a pisar a Lua.
“Este é um pequeno passo para o homem e um salto gigantesco para a humanidade”, disse Armstrong na ocasião, quando dava o primeiro passo na Lua. O momento foi transmitido ao vivo para todo o mundo e foi acompanhado por cerca de 600 milhões de pessoas.
Segundo relatos históricos, a primeira viagem à Lua durou 102 horas e 45 minutos. O lançamento do foguete Saturno 5 no Cabo Canaveral, levando a Apollo 11, aconteceu no dia 16 de julho, às 10h32. No dia 24 de julho, os astronautas retornaram à Terra.
O programa Apollo, que teve como objetivo levar o homem à Lua, foi lançado pelo então presidente John F. Kennedy, em 25 de março de 1961, e logo após o feito da União Soviética de levar o primeiro homem ao espaço – Yuri Gagarin.
Kennedy fez a promessa durante um discurso aos americanos e tinha como objetivo fazer com que os americanos vencessem a Guerra Fria. O programa Apollo durou 11 anos, custou aos americanos US$ 25,4 bilhões, levou no total 12 astronautas e três módulos lunares a pousar na Lua e coletou 380 quilogramas de rochas, que continuam a revelar os segredos do satélite terrestre.
A última missão à Lua aconteceu entre os dias 7 e 19 dezembro de 1972. A Apollo foi a primeira expedição a chegar à Lua. Foram realizadas, ainda, as missões Apollo 12 (entre 14 e 24 de novembro de 1969), Apollo 14 (entre 31 de janeiro e 9 de fevereiro de 1971), Apollo 15 (entre 26 de julho e 7 de agosto de 1971), Apollo 16 (entre 16 e 27 de abril de 1972) e Apollo 17 (entre 7 e 19 de dezembro de 1972). A missão Apollo 13, em 13 de abril de 1970, foi abortada devido ao rompimento de um tanque de oxigênio no módulo de serviço, obrigando os astronautas a voltarem à Terra.
Água mineral de Águas de Lindoia
Dados divulgados pela saudosa neta do fundador de Águas de Lindoia, Míriam Tozzi Bernardino, comprovavam que uma nota fiscal de compra de Água Mineral pela Nasa, porém esses dados não foram confirmados pela agência espacial, mas deixam a marca do Brasil na Apollo 11.
Segundo relatado por Miriam Tozzi Bernardino, a água que os astronautas Neil Armstrong, Edwin Adrin e Michael Collins beberam ao longo da viagem da Terra à Lua era de Águas de Lindoia. A prova seria uma nota fiscal original emitida em 1969 pela distribuidora de águas minerais Cervejaria Amazonas. Ela registra a compra pela NASA de cem dúzias de recipientes de meio litro. Ela se encontra emoldurada e exposta na Prefeitura da cidade.
As fontes de Águas de Lindóia teriam sido escolhidas pela NASA porque tinham elevado nível de radioatividade e as melhores e maiores propriedades diuréticas. A data da nota fiscal é de 2 de abril de 1969. O valor da compra foi de NCrs$ 226,00. O endereço para remessa era Missão Espacial Norte Americana – EUA, estabelecida no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, Via Cabo Kennedy. Consta a observação “caixas com tampa para viagem”.
A água mineral era usada como fonte suplementar de consumo dos astronautas. As cápsulas espaciais do Projeto Apollo eram supridas com pouca quantidade de água. No decorrer da jornada espacial, o reservatório era abastecido por água portável da bateria do Módulo de Comando, como subprodutos. Os astronautas bebiam por meio de uma pistola de pressão para anular os efeitos da falta de gravidade ou produzir vazamentos no interior da nave.
Lindoia reivindica Água que foi a Lua
Segundo registros da empresa Lindoya Verão, a água que os astronautas tomaram durante a viagem era brasileira e saiu de uma fonte localizada na cidade de Lindoia. A fonte São Sebastião, na época explorada pela empresa Irmãos Carrieri, hoje Lindoya Verão, era conhecida por jorrar uma água com propriedades terapêuticas, que auxiliavam no tratamento de problemas renais.
A empresa alega que a agência espacial norte-americana escolheu a água por conta de sua baixa acidez, rápido grau de absorção pelo organismo e elevado poder diurético.
De acordo com Cesar Dib, diretor executivo da Lindoya Verão, para a Revista Galileu, a água da empresa ganhou fama internacional quando a cientista Marie Curie visitou as instalações da companhia em 1926 e reconheceu as qualidades terapêuticas da bebida “Acreditamos que foi por isso que a NASA decidiu como a melhor água para auxiliar os astronautas”, diz o executivo.
A Lindoya Verão também possui cópia da nota fiscal 20.218 de 1969, emitida pela Cervejaria Amazonas, no Rio de Janeiro (RJ), que descreve a saída de 100 garrafas de água do Aeroporto Santos Dumont. Mas não é possível saber para onde elas foram, de fato.
Até hoje a NASA não confirmou que a água dos astronautas realmente veio do Brasil. “Células de combustível a bordo da espaçonave Apollo forneceram água potável para a tripulação”, disse Katherine Brown, assessora de imprensa da agência espacial, à Revista Galileu em 2019.
Durante a missão, os astronautas precisavam de água para beber, lavar e preparar alimentos, e as tais células de combustível da espaçonave forneceram a maior parte. Nesse sistema, a eletricidade gerada pelas células se combina a hidrogênio e oxigênio e produz água. “É possível que a tripulação tenha bebido água engarrafada após o voo, mas não temos nenhum registro sobre a origem das garrafas”, afirma Brown.
Foto: Divulgação / Reprodução
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