CONVERSÃO A DEMOCRACIA
Uma consulta simples dos lindoienses realizada nos dias anteriores ao 7 de setembro trouxe informações interessantes. A pergunta: “o que você acha do governo de Bolsonaro?” apenas feita em pontos de ônibus e portas de igrejas, revelou o seguinte:
Ponto de Ônibus: governo Péssimo ou Ruim – 48%; Regular – 28% e Ótimo ou Bom – 24%. Portas de igrejas: Ótimo e bom – 100%.
Baseado nesses dados é possível esboçar um quadro político.
O povo humilde lindoiense, aquele que depende de ônibus, desaprova o governo Bolsonaro.
Grande parte do apoio a Bolsonaro tem influência religiosa baseada na fé.
Essa hipótese pelo que me disse uma amiga evangélica: “Ele é um enviado de Deus”.
Esse pensamento esclarece como entendem Bolsonaro e assim o tratam por Mito.
A crítica sobre o estado caótico do país a justificativa é o final dos tempos previsto pelas Escrituras.
Não há quem aguarde mais a chegada do Apocalipse que o evangélico.
Vale dizer “quanto pior melhor”, pois se aproxima do fim do mundo e Bolsonaro, então, executa bem o papel de enviado.
Nessa visão de mundo fantástico, desligado da realidade, a solução nacional está na política religiosa, não na política da democracia.
O fim da democracia pelo fechamento do STF, seguido de intervenção militar com manutenção de Bolsonaro é defendido pelos evangélicos, sem generalizar, representado por um líder maior como o pastor político Silas Malafaia.
A política teve presença nos cultos lindoienses do dia 7/9, igrejas foram adornadas em verde-amarelo e entoado o Hino Nacional em lugar de te-déum ou música gospel.
A aprovação de Bolsonaro é de 30% da população onde 70% são evangélicos, o que impede que haja impeachment.
A mudança de comportamento depende dos evangélicos, já há reação aos pastores de holofotes.
Os evangélicos que apoiam “Fora Bolsonaro” foram convertidos à democracia
*Celso Antunes, Águas de Lindoia (SP), escreve toda semana neste espaço.
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