CHOVENDO NO MOLHADO, por Celso Antunes

CHOVENDO NO MOLHADO

Se há vontade de resolver o problema da água da cidade a solução terá que ser pra valer.

A água não é recurso inesgotável.

Temos exemplos de várias minas que secaram e as fontes do Balneário já estão ameaçadas.

O apocalipse de Águas de Lindoia como estância hidromineral não é exagero, a cidade não é um caso à parte.

Várias cidades do Estado, do Brasil e do mundo tem se defrontado com o grave problema da falta de água.

A questão é ampla rios estão secando, as maiores hidrelétricas do Estado, Ilha Solteira e Dois Irmãos, o nível do reservatório está abaixo de 10% deixarão de funcionar.

O alerta serve para o Rio do Peixe onde se deposita a esperança de solução eventual para o problema da cidade.

O planeta está em crise climática, o desmatamento da Amazônia altera o regime de chuvas e gera a crise ambiental, com isso lagos, rios e minas d’água secam no país todo incluindo Águas de Lindoia, em resumo.

Vive-se de água do subsolo com poços artesianos e semi-artesianos pela maior facilidade de exploração e baixo custo.

Tem crescido muito a perfuração na Estância pelo o que as águas subterrâneas merecem tratamento diferenciado do poder municipal executivo e legislativo, urgente.

As graves consequências causadas pela perfuração clandestina, desordenada, não especializada, já são problemas em outras cidades.

O bombeamento intensivo rebaixa o nível da água e atinge às camadas profundas do lençol das Fontes termais.
A olho nu, as águas do Balneário estão se reduzindo e o risco de contaminação passa a ser uma preocupação constante.

Essas ideias surgem no momento de grande importância pela escassez de água da população.

É momento da criação da “Comissão de Água” para tratar o problema de modo radical ou se continuará a chover no molhado.

 

*Celso Antunes, Águas de Lindoia (SP), escreve toda semana neste espaço.

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