Hoje, 20 de novembro, é o 50º aniversário do “Dia da Consciência Negra” criado em 1971.
O “Dia Nacional da Consciência Negra” é lei sancionada em 2003 pela então presidente Lula, passando a pertencer ao calendário escolar.
Após 133 anos da Abolição os negros ainda lutam por direitos de inclusão social como acontece hoje a jornada, em quase uma centena de cidades o “Fora Bolsonaro racista”.
O protesto simboliza a luta contra o “racismo institucional”, como ocorreu com o programa nacional de saúde integral da população negra, aprovado há anos, foi engavetado.
O governo tem que ser absolutamente antirracista, pois a população negra é a que mais depende, o risco de mortes quatro vezes maior para a população negra em relação à população branca ficou evidente na pandemia.
A mentalidade dos senhores de escravos vem se mantendo nos dias atuais, por outras formas, o colonialismo e a escravização.
A discriminação racial é sentida em todas as áreas de atividade tornando a população negra socialmente excluída e relegada às favelas e periferias.
A vingança dos escravocratas pela abolição dos escravos foi decretar o exílio do Imperador D. Pedro II e proclamar a República.
Marechal Deodoro, eleito presidente da República, sua primeira Lei Penal foi punir a vagabundagem dos negros como são hoje os milhões de desempregados do país.
O espírito dessa lei que confunde negros pobres com vagabundos se materializa na barbaridade dos maiores índices de mortes por policiais.
A “Consciência Negra” tem por objetivo que os negros tenham o conhecimento de si mesmo e despertem para a luta contra a discriminação racial e a desigualdade social.
Entre todas as injustiças contra o negro, a maior delas é a educação como esclareceu o grande pedagogo: “Os negros no Brasil nascem proibidos de ser inteligentes.” (Paulo Freire).
Até quando?
*Celso Antunes, Águas de Lindoia (SP), escreve toda semana neste espaço.
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