É impossível o pobre comer carne bovina, a arroba subiu mais 23% neste final de outubro. E a fome se faz presente
A carne dá substância, a falta causa insuficiência que provoca doenças como raquitismo, anemia e diabetes.
Cerca de 100 milhões de pessoas são vítimas de subnutrição e fome no Brasil.
Os índices de mortalidade infantil e de crianças que nascem abaixo do peso são altos nas camadas sociais pobres.
A insalubridade entre pobres aumenta a cada dia, marcando o país como nação mórbida.
Fome e desnutrição impedem o desenvolvimento intelectual e a capacidade de aprender, anulando o potencial humano que é o gerador do próprio ser humano, sem ele, não se diferencia dos demais animais.
A escolaridade é baixa, produzindo gente violenta, perigosa, antissocial pela falta de investimento no capital humano como as nações civilizadas.
A merenda escolar é a tábua de salvação dos filhos de náufragos da sociedade, teve corte orçamentário 27% em 2021, terá outro 8% em 2022, o governo está na contramão da civilização.
O autoritário ministro Paulo Guedes transformou o Estado em Estado-Mercado dolarizando a economia que causa a inflação de preços.
Os preços de combustíveis, como a carne, alimentos e todas as mercadorias acompanham o dólar.
O Estado-mercado funciona com a renda de juros pagos aos que emprestam dinheiro, são eles mesmos quem aumenta os juros e o dólar.
A situação é ótima para os endinheirados e a pobreza aumenta sem condições mínimas como alimento e teto.
Vendo a miséria do povo Rousseau sentenciou: “Quando o povo não tiver mais nada para comer, ele comerá os ricos”, sucedendo a Revolução Francesa (1789).
Ensina o provérbio “quem vive de esperança morre de fome”, o povo consciente reage como o “Movimento Panela Vazia” de Heliópolis (Capital).
Comer é ato político que exige ações ousadas e novo Presidente.
*Celso Antunes, Águas de Lindoia (SP), escreve toda semana neste espaço.
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https://www.tribunadasaguas.com.br/2021/11/16/sofrencia-por-celso-antunes/