VIRAR A PÁGINA, por Celso Antunes
Virar a Página
A jornada do novo ano se inicia depois da surra do ano passado.
2021 foi ano de incertezas em geral, para a grande maioria em particular, de insegurança familiar pela falta de recursos para pagar as contas.
O ano ficou marcado, principalmente, pelos hospitais em colapso sem leitos disponíveis, número impressionante de enterro por morte causada pelo atraso na vacinação contra Covid-19, desemprego, alta dos preços e a volta do fantasma do empobrecimento.
Não foi possível adquirir uma casa própria, fazer reforma que precisava na residência, trocar o aparelho quebrado, comprar roupas ou fazer o supermercado como antes.
Os símbolos da dificuldade ficaram por conta dos preços da carne, arroz, óleo de soja, gás e combustíveis.
Não precisa ir longe para se chegar à conclusão que se andou para trás no tempo e se ficou mais pobre.
A exceção fica para os que têm dinheiro, para eles não há tempo ruim.
O ruim fica para a maioria total da população que anda de bolsos vazios.
O novo ano já prenuncia que será, novamente, o de subir morro carregando pedra.
As mortes no Lago de Furnas, as catástrofes na Bahia e Minas Gerais, a variante ômicron que é hipercontagiosa, o atraso na vacinação de crianças, os preços que vão se manter em alta, o desemprego que continuará, o reajuste do salário mínimo ao menor valor desde 2012, mostram que a vida difícil continuará em 2022.
É possível explicar todos os males por uma única causa: a ignorância humana, sem ela, todos problemas seriam evitados.
Todos os problemas surgem da ação humana e, somente, a ação humana pode resolve-los se mudar de orientação.
As eleições deste ano serão a decisão da orientação que tomará a nação a partir de 2023.
A expectativa é de virar a página já no primeiro turno.
‘*Celso Antunes, Águas de Lindoia (SP), escreve toda semana neste espaço.
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