O Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo, DAEE, atendeu na terça-feira, dia 1 de fevereiro, uma solicitação da Secretaria de Meio Ambiente de Águas de Lindoia, e enviou técnicos para vistoriarem as barragens no curso do Ribeirão das Águas Quentes. O objetivo foi avaliar as condições de segurança de todas os reservatórios e emitir recomendações técnicas, caso sejam necessárias.
O secretário José Mauro Alvarenga acompanhou o engenheiro Noboru Minei e a engenheira Solange A. Cavalcante Deangelo, assessores técnicos do DAEE, na avaliação. Foram analisadas todas as barragens, tanto as que estão localizadas em propriedades públicas como também em áreas particulares.
“Nos últimos 60 dias tivemos mais de 700 milímetros de chuvas e dois fatores nos chamam a atenção. O primeiro, a questão da segurança destas barragens. E a segunda é a capacidade de armazenamento que elas representam para períodos de estiagem”, explicou José Mauro.
O DAEE realiza vistorias em cerca de 17 mil barragens em todo o Estado de São Paulo por meio de seu departamento técnico. Desde os recentes desastres ambientais ocorridos em Minas Gerais, esta inspeção técnica foi intensificada.
“Solicitamos esta vistoria técnica do DAEE por que esta equipe é a mais competente para analisar e emitir estes pareceres técnicos, de modo que este trabalho em conjunto nos permitirá acompanhar adequações que sejam necessárias no futuro, mantendo a segurança e contribuindo para a questão hídrica do município”, disse o Secretário de Meio Ambiente.
Crise hídrica de 2021
O texto, fruto de pesquisas ao longo de mais de 30 anos de atuação do ambientalista em defesa do acesso a água e a preservação das fontes de recursos e produção de águas. Nele João Luis faz cobra a ação do poder público para agir rápido para garantir água em quantidade e qualidade para a população de Águas de Lindoia
“O futuro é agora. As ações presentes são essenciais para , um pouco por dia, alcançar o futuro almejado. O planejamento deve ser reconduzido à seu lugar de destaque nas atitudes de esferas de governo. Não se faz, se não se começa a fazer. Somos o que somos porque fizemos o que fizemos. Devemos fazer o certo, o tempo. Sem perder tempo”, destaca o ambientalista
João Luís integrou o Movimento da Cidadania pelas Águas, na década de 2010, com estudos e debates, e é crítico sobre a busca por fontes de água que acabe com a escassez em Águas de Lindoia.
“A melhor água é a nossa, porque está aqui. É disponível e alcançável. Então, pense bem. Trazer água bruta do Rio do Peixe! O mesmo rio que já está superexplorado, devastação de matas ciliares, assoreamento pelo deslizamento de suas margens e tem as menores vazões históricas no século XXI. Em mais algumas décadas, a “solução Rio do Peixe” será o “problema Rio do Peixe”, que deixará de abastecer sazonalmente e com qualidade cerca de 150 mil pessoas de quatro municípios que dele dependem”, pontua.
O ambientalista defende que a primeira premissa da gestão hídrica consciente seja a produção de água bruta e a preservação do Ribeirão das Águas Quentes.
Foto: Divulgação PMAL
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