Sarapatel Nº 15
Fogo Morto é o titulo da obra prima de José Lins do Rego – (Pilar – PB – 03/07/1901 – Rio 12/09/57) que tão bem retrata o apogeu e a queda dos Engenhos de Açúcar da Paraíba.
São do ciclo da cana de açúcar: Menino de Engenho (1932), Doidinho (1933), Banque (1934), Moleque Ricardo (1935), Usina (1936) e coroando sua obra FOGO MORTO (1943).
Lá está o Quixotesco Vitorino Carneiro da Cunha, o “Papa rabo” que costumava cortar a ponta do rabo do seu cavalo. Tudo ruiu. Tudo acabou e a outrora poderosa usina. Está de fogo morto.
Por aqui assistimos, com muito pesar, a debacle da Usina do Virgolino. Foi muito poderosa, gigantesca. Tinha canaviais em quase todos os municípios da região. Não resistiu a crise e a Dona Carmen Ruete, aos 93 anos, faleceu recentemente. Foi ela que nos brindou com a imagem do Cristo Rei, esculpida na Espanha.
Aqui na Pérola das Estâncias é muito preocupante ver vários Hotéis de Fogo Morto: Opala, Caçique, Lindoia, Das Fontes, Vacance, São muitos. Muito triste de noite ver tudo escuro no entorno do Imponente, Majestoso Vacance que está de Fogo Morto.
Outro azar nosso foi a estúpida morte do empresário que estava construindo, ao lado do Oscar Inn, o Museu do Carro Antigo. Os herdeiros abandonaram o projeto e temos ali mais um Elefante Branco.
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Devolvidos
Já passa de 5 mil o número de brasileiros (mineiros especialmente) que os States nos mandaram de volta, em mais de 50 vôos fretados direto para o aeroporto de Confins. Arriscam a vida na travessia do México – USA; gastam o que têm com coiotes e caem prisioneiros dos americanos. Por que arriscam tanto? Sinal de que, por aqui, as coisas não vão bem.
Sofrem como bodes embarcados, com correntes nos pés. São maltratados e nos lembram Navio Negreiro de Castro Alves.
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Acabou o Desconforto
Quem empreende viagem de 10, 12, 20 h de vôo na classe econômica sabe quão desagradável é. Muito pequena a distância entre as fileiras e poltronas. Um sufoco quando um passageiro da janela precisa ir ao banheiro.
Por isso, para quem consegue dormir, os vôos noturnos são mais comuns e aconselháveis. Esse perrengue não enfrentam mais os funcionários públicos do Bozo, que, pelo dobro do preço, agora viajam na classe executiva.
Antes já podiam, desde que pagassem do bolso a diferença de preço entre as duas classes. Agora a mordomia generalizou-se e nós pagamos essas viagens nem sempre justificáveis como a do ínclito secretário da cultura, o grande ator global Mario Frias e seu adjunto empreenderam para Nova Iorque, esbanjando 80 mil reais.
Êta secretaria complicada
Essa da cultura que já teve a dirigi-la um fascista imitador de Goebels, um tal Alvim; a Namoradinha do Brasil que não aguentou nem 3 meses e esse beócio do Mario Frias. Convém lembrar que subordinado a ela está a Fundação Palmares, gerida por um preto que tem ojeriza aos pretos.
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O Carrinho
De coquinho caramelado continua fazendo parte da nossa Rua São Paulo, em frente ao Itaú. Seu Armindo, porém, não há mais.
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Por que tanta compridez?
Da mesa do Putin? Mais ou menos de seis metros? Pra conversar os interlocutores têm que gritar. Macron e Olaf sentaram-se nos extremos, já Bozo que se submetera a todos os protocolos exigidos pela Russia, conversou ao redor de uma mesa redonda. Os premiês da França e da Alemanha não quiseram saber dos remédios Russos.
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Cristianizar/ Cristianização
Vem do Cristiano Machado, lançado candidato a presidente, pelo PSD , em 1950, foi abandonado, jogado às feras pelos peessedistas, que apoiaram Getúlio, do PTB. O cristianizado do momento atende pelo nome de João Dória.
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Aqui se faz, aqui se paga
Em 2016 os tucanos de alta plumagem queriam candidato a prefeito de São Paulo, Andrea Matarazzo. Alckmin era o governador, bateu o pé, cacifou e impôs, a candidatura de Dória, que venceu no 1º turno. Empolgado, com o rei na barriga, um ano depois, Dória estava de olho na presidência, que também era pretendida pelo seu padrinho Alckmin. Em abril de 2020 Dória deixa a prefeitura para Bruno Covas para disputar o Bandeirantes. Alckmin deixa o governo para concorrer a presidência, deixando o vice Márcio França em seu lugar.
A candidatura tucana não decolou; chegou ao fim com meros cinco por cento. Foi ai que surgiu a campanha “bolsodória” com Alckmin solenemente cristianizado pelo seu pupilo. Dória venceu e ganhou dois desafetos: Alckmin e Márcio França. Hoje Dória amarga o peso da traição.
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O Avante – jornalzinho do nosso grupo escolar, em sua edição nº28 de maio de 1955 noticia o enlace matrimonial de:
Realizou-se dia 22, do corrente mês, às 17:30 horas, na Matriz de Nossa Senhora das Brotas, em Lindoia, o enlace matrimonial do jovem Daud, filho do Sr. Luiz Ancona, e Dona Helena Amélia Ancona, com a prendada senhorita Laurinha, filha Dileta do Sr. Teófilo Vieira de Godoi e Benedita Faria Vieira. Ao ato esteve presente o melhor elemento da sociedade de Águas de Lindoia e de Lindoia onde as duas famílias gozam de grande estima e admiração. O Avante cumprimenta os noivos desejando-lhes venturas mil e agradecendo a gentileza do convite recebido.
Casamento
Dia 29 deste mês teve lugar, às 9 horas, na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Graças, desta cidade o enlace matrimonial do jovem Sodário, estimado Farmacêutico desta Estância, filho do Sr. Sebastião José de Moraes e de Dona Paschôa Rosa, com a distinta senhorita Cibeli, prendada filha do Sr. José Maria de Souza e de Dona Maria Biscuola de Souza. O Avante ao cumprimentar os recém casados almeja-lhes muitas felicidades e agradece o convite que tiveram a gentileza de enviar.
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De novo?
Já encheu o pacová a insistência do Bozo em duvidar da inviabilidade das urnas eletrônicas. Voltou ao assunto por meio de um milico subalterno do golpista Braga Neto.
Matéria vencida na câmara. Insiste no poder de cura da cloroquina e continua a denegrir as vacinas por meio de um médico beócio, um tal Hélio Angotti.
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Erros
Qual a diferença entre o erro do agrônomo e o erro médico? O erro do agrônomo a terra mostra, enquanto o erro do médico a terra encobre.
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Se já estás arrependida
De algum bem que me fizeste,
Dá-me os beijos que te dei,
Que eu te dou os que me deste.
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“ A guerra é um lugar onde jovens que não se conhecem, nem se odeiam, se matam, cumprindo ordens de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam”
(Frase atribuída a Erich Hartmann, piloto de caça alemão na II guerra mundial)
* Ismael Rielli, Águas de Lindoia. É professor aposentado, jornalista, escritor e ex-vereador. Tem atualmente um ponto de cultura no Sebo do Ismael, em Águas de Lindoia. * colaboração de Rodrigo Martins na digitação e revisão de Sarapatel nº 15
Veja Também, além de Sarapatel nº 15:
https://www.tribunadasaguas.com.br/2022/01/30/sarapatel-no14-por-ismael-rielli/
https://www.tribunadasaguas.com.br/2022/01/01/sarapatel-no-13-por-ismael-rielli/
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