O Deputado estadual Barros Munhoz assinou ontem, quarta-feira, dia 09, a re-filiação ao PSDB, saindo do partido que estava desde 2018, o PSB. A mudança se deve a já anunciada filiação de Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo ao PSB para ser vice do ex-presidente Lula (PT).
A movimentação partidária se deve a janela criada para a troca de partidos que está aberta até o dia 1 de abril. De volta ao PSDB, Munhoz agora é partidário do prefeito Luciano Lopes (PSDB), em Lindoia, o que o coloca numa situação “delicada” no panorama político da cidade.
Segundo o prefeito Luciano Lopes, a situação é normal, pois ele já está no partido e milita na sigla há tempos, com apoio de seu pai, o ex-prefeito Justino Lopes, filiado ao PSDB há anos e quem promoveu a vinda de Luciano Lopes para o partido, ao deputado Macris.
Deputado Munhoz já passou por PTB, MDB, PSDB e PSB
Segundo o site WIKIBR.ORG que monitora perfis de políticos brasileiros, Barros Munhoz em 1976 foi eleito prefeito de Itapira, com mandato até 1982. Em 1986 foi eleito deputado estadual, sendo reeleito em 1990. Era filiado em ambas as oportunidades ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Munhoz foi ministro da Agricultura no governo Itamar Franco, de 17 de junho a 1 de setembro de 1993. No mesmo ano, ingressa no PMDB, pelo qual foi candidato a governador de São Paulo, o ano seguinte, pela coligação “São Paulo de Todos Nós” (PMDB, PSD e PL), ficando em quarto lugar com quase 1,6 milhão de votos (11,29% dos votos válidos) – votação essa que surpreendeu pelo fato de Munhoz ser, até então, um nome pouco conhecido em todo o Estado.
Ainda segundo o site, seu vasto conhecimento na área agrícola fez com que fosse conhecido como o “Candidato da Agricultura”, fazendo com que o candidato eleito àquele pleito, o então senador Mário Covas (PSDB/PFL), dissesse que tal conhecimento o fez ser mais estudioso da agricultura.
Em 1996 foi novamente eleito prefeito de Itapira, sendo reeleito em 2000. Em 2006, já pelo PSDB, foi eleito deputado estadual, sendo reeleito em 2010. Foi presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo entre os anos de 2007 e 2011.
Em 2014 foi reeleito deputado estadual pelo seu ter ceiro mandato consecutivo. Em junho de 2016, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) cassou o mandato de Barros Munhoz por uso indevido de meios de comunicação e em 7 de novembro de 2017 o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) reverteu de forma unanime a decisão do TRE-SP que havia “cassado” o mandato parlamentar, assim o absolvendo da acusação.
Em fevereiro de 2018, já como líder do governo na Assembleia Legislativa de São Paulo, deixou o PSDB por não concordar com a candidatura do prefeito João Dória Junior ao governo do estado. Assim, apoiando Márcio França, Barros Munhoz se filiou ao PSB.
Eleições 2022
O jogo eleitoral já começou, na verdade está em campo, Alckimim já começou a recrutar aliados para migrarem junto com ele para o novo partido. o PSB. O ex-governador de São Paulo projeta que levará consigo cerca de uma dezena de políticos. Mas o PSDB não vai ter que engolir o desfalque a seco.
Essas baixas devem ser compensadas, em parte, pela adesão de políticos que aderiram ao PSB quando o governo estava nas mãos de Márcio França e, agora, preferem se aliar a Rodrigo Garcia, que tem a máquina governamental na mão.
Entre os nomes que devem caminhar com Alckmin estão alguns dos seus principais escudeiros, como Silvio Torres, Floriano Pesaro, Pedro Tobias e Antonio Carlos Pannunzio. No sentido contrário, Barros Munhoz – que já foi do PSDB e está no PSB – é um dos que já acertaram com os tucanos.
Foto: Divulgação / Reprodução
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