Um procurado da Justiça por integrar uma facção criminosa, o PCC, foi preso em Campinas nesta quarta-feira, dia 18. Segundo a Polícia Civil, o homem atuava como chefe do tráfico de drogas em Socorro. A prisão ocorreu no bairro Fazenda Santa Cândida.
Segundo informações da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Campinas, o chefe do tráfico de drogas em Socorro possuía um mandado de prisão preventiva por tráfico de drogas e associação ao crime organizado. A facção que ele é suspeito de integrar atua dentro e fora de presídios.
O mandato foi cumprido por duas equipes do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil após uma solicitação da delegacia de Socorro.
O homem foi preso enquanto trabalhava em um comércio e acabou encaminhado à Cadeia Pública de Campinas.
PCC
Primeiro Comando da Capital (PCC) é uma facção criminosa do Brasil, com membros espalhando-se por outros países vizinhos, como Bolívia, Paraguai e Colômbia.
A facção atua principalmente no estado de São Paulo onde possui membros e está presente em 90% dos presídios paulistas e fatura cerca de 120 milhões de reais por ano (2018)
O PCC foi fundado em 31 de agosto de 1993 por oito presidiários, no anexo da Casa de Custódia de Taubaté, chamada de “Piranhão”, localizada a 130 quilômetros da cidade de São Paulo e considerada a prisão mais segura do estado.
No inicio a facção criminosa era conhecida como “Partido do Crime”, afirmando que pretendia combater a opressão dentro do sistema prisional paulista e vingar a morte dos cento e onze presos mortos em 2 de outubro de 1992, no “massacre do Carandiru”, quando a Polícia Militar matou presidiários no pavilhão 9 da extinta Casa de Detenção de São Paulo.
O grupo usava o símbolo chinês do equilíbrio yin-yang em preto e branco, considerando que era “uma maneira de equilibrar o bem e o mal com sabedoria”.
O PCC tornou conhecido nacionalmente com as rebeliões em prisões dos anos 2000 e a megarrebelião de 2001 que envolveu 29 presídios, em represália pela transferência dos principais chefes do grupo.
Foto: Reprodução
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