A VOZ DO POVO
Somente por fenômeno extraordinário o presidente Jair Messias Bolsonaro será capaz de reverter a rejeição até as eleições.
No momento, 59% disseram que não votariam nele de jeito nenhum, informa a pesquisa do Banco BTG/FSB de terça-feira (30).
O presidente tem aprovação apenas de 45% entre os eleitores que ganham acima de dez salários mínimos, quase igualando com 44% que não aprovam.
Já entre os que ganham até dois salários mínimos, 50% não aprovam no presidente contra 20% que o aprovam.
Acontece que os que ganham até dois salários correspondem a 52% da população e os ricos a apenas 3%.
Chama a atenção o comportamento do eleitorado feminino.
Todas as mulheres, pobres, remediadas e ricas, ou seja, independente de classe social, dão vantagem de 49% a Lula sobre 23% de Bolsonaro.
Por esses números as mulheres mostram que querem resolver as eleições logo, já no 1º turno.
A unanimidade das mulheres pode ser explicada, são elas que sofrem na pele as consequências diretas da gestão do governo.
A alta dos preços dos alimentos, o aumento da violência doméstica, o medo de ser assassinada pelo estímulo ao machismo e à arma de fogo na residência é decisivo na opção da eleitora.
Quanto às armas de fogo, 70% da população se manifestam contrárias à sua liberação e porte da mesma.
Há perda de confiança total no governo quanto ao combate às pandemias.
Na pandemia de coronavirus a população se vacinou contrariando a orientação oficial de tratamento sem eficácia comprovada.
Esses e outros exemplos dão provas de que Bolsonaro não agradou a maioria do povo em mais de três anos de governo, dificilmente conseguirá nos 4 meses que faltam para as eleições.
O presidente afirma que só Deus o tira do Planalto.
Ele está certo, na eleição a voz de Deus é a do povo
*Celso Antunes, Águas de Lindoia (SP), escreve toda semana neste espaço.
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