Um homem, que defende os animais de maus tratos, resgatou uma capivara presa em armadilha montada, neste domingo, dia 19.
Segundo relatos divulgados nas redes sociais, por volta das 10h o protetor de animas Márcio Agusto Batista Mosca foi informado pelo seu primo Jonas que uma capivara estava presa em uma armadilha no meio da mata no Bairro do Falcâo.
Márcio e Jonas se dirigiram para o local indicado de forma rápida, com a intenção de acabar com o sofrímento do animal e salvar a vida da capivara. Eles tiveram dificuldades de acessar o local, mas com um facão conseguiram soltar a armadilha que os caçadores colocaram ” tipo laço”.
Segundo a dupla de protetores, este tipo de armadinha é muito cruel porque o animal fica preso no cabo de aço e sofre com muita dor. Trata-sede uma estratégia até o caçador voltar no local para matar o animal, e possivelmente utilizá-lo para alimentação.
“Desta vez esta capivara teve um final feliz. Foi resgatada e solta novamente na mata em seu habitar natural”, comentou Márcio.
Vale destacar, que caçar ou matar capivaras, ou qualquer animais silvestre responde por crime Ambiental de acordo com a lei de Crimes Ambientais.
A Lei n°9.605, de 12 de Fevereiro de 1998 prevê em seu Art. 29.” Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: Pena – detenção de seis meses a um ano, e multa”.
Luta contra a PL 5544/20
Deputados da Frente Parlamentar Ambientalista lançaram um manifesto no dia 8 de junho em que denunciaram propostas que consideram prejudicais ao meio ambiente e que estão na pauta da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados.
Com o nome de “Em Defesa do Meio Ambiente e da Vida”, o documento destaca o projeto que autoriza caça esportiva de animais no País (PL 5544/20).
O Projeto de Lei 5544/20 regulamenta a prática da caça esportiva de animais no Brasil, envolvendo atos de perseguição, captura e abate. Segundo o texto, que tramita na Câmara dos Deputados, para atuar como caçador esportivo, o interessado deve ter mais de 21 anos, ser registrado como Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) e possuir licença de caça, que terá validade de três anos e será emitida por órgão federal de meio ambiente.
O texto quase foi à votação na Comissão de Meio Ambiente. O coordenador da frente parlamentar, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), falou sobre a mobilização para evitar a votação.
“O relator desse projeto, percebendo que nós tínhamos mais votos do que ele, decidiu retirar de pauta contra a nossa vontade. Nós gostaríamos de ter derrotado isso hoje. Infelizmente, não conseguimos o avanço que gostaríamos”, lamentou.
Foto: Reprodução / Facebook
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