A pedagoga Adriana Bonilha, especializada em deficiência visual, há mais de 28 anos, formou nesta quarta-feira, dia 07, em Serra Negra, a primeira turma do curso “Expansão do Sistema Braille – leitura e escrita acessível e inclusiva para professores” .
O curso é o primeiro com certificado pela EFAPE (Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação do Estado de São Paulo) e tem por objetivo subsidiar o aprimoramento dos professores como multiplicadores para o atendimento ao aluno com deficiência visual no processo inclusivo de educação.
O projeto de Adriana Bonilha contou com apoio e colaboração da direção e coordenação da EE.Drº Jovino Silveira e foi uma parceria com Diretoria Ensino de Mogi Mirim.
A pedagoga destaca que a importância do curso de capacitação em Braille está na autorização da EFAPE, pela primeira vez, em se promover multiplicadores no ensino e leitura em Braille. É o primeiro curso com certificação realizado no Estado de São Paulo inteiro, através da Seduc, como capacitação.
“Vale destacar que nossa escola teve essa ação e muitas vezes a comunidade nem fica sabendo da importância dessas formações. Reconhecemos que o meio mais importante de aquisição do conhecimento, mesmo em tempos de internet e do mundo virtual, é a leitura. Saber ler e escrever é requisito essencial para que uma pessoa participe efetivamente da sociedade em que vive e seja um cidadão consciente”, explica Adriana Bonilha.
De acordo com a pedagoga, a presença da pessoa com deficiência visual tem trazido para o cenário da educação, do trabalho, da cultura e do entretenimento a necessidade de se investir em práticas que priorizem a acessibilidade comunicacional na perspectiva da inclusão, principalmente na escola.
Na formatura desta primeira turma do curso estiveram presente onze (11) professoras transcritoras de Braille com certificação da EFAPE. Para a cerimônia de encerramento, na quarta-feira, dia 07, também participaram a técnica de Educação Especial e formadora EFAPE, Tânia Resende; a tTécnica da PEI, Lourdes Pereira da Silva Navarro; uma representante da Diretoria de Ensino Mogi Mirim, representando a dirigente Regina Navas, a supervisora de Ensino, Maria Inês de Oliveira Poloni; a PEC de História, Giovana Souza; a PEC de Educação Especial, Daniela; a diretora da EE Drº Jovino Silveira, Diretora: Nádia Maria C. de Carvalho Silva; a COE, Iracy Domingos da Silva Perli; a COE, Lúcia de Fátima Schiavo Dei Santi; a COE, Roseli Corrêa de Oliveira; a CGP, Adriana A. Cozaro Tafner; a CGP, Brígida Aparecida de Godoy e a professora Eliana Batista Godoy.
Veja a lista das formandas do curso ministrado pela professora Adriana Bonilha, pela EFAPE
- Débora de Carvalho Lippi Zaccariatto;
- Elaine Elisete Broleze;
- Eliene Alves Costa;
- Geiza Diani Faria;
- Gleice Gabriela Pereira de Carvalho;
- Jéssica Graziele Emaculado Lopes;
- Monica Simoni;
- Rosana Aparecida dos Santos Alves;
- Simone Aparecida Gonçalves Franco Felipe;
- Tamara Daniela Vieira;
- Viviane Rossi de Freitas
Inclusão
A inclusão é um processo sem fórmulas prontas e que exige aperfeiçoamento constante. Em atendimento a Portaria nº 2.678/02 MEC, que aprova diretrizes e normas para o uso, ensino, produção e a difusão do Sistema Braille em todas as modalidades do ensino, compreendendo o Projeto da Grafia Braille para Língua Portuguesa e recomenda o seu uso em todo território nacional.
A ação desenvolvida pela professora Adriana Bonilha foi inserir o cursista ao universo da escrita e da leitura em Braille de modo que os profissionais que passaram pala capacitação compreendam todo o processo de alfabetização e de produção de materiais que envolvam o código universal.
“Estudar Braille envolve mais do que aprender um código. Em suma, o objetivo é abarcar a responsabilidade de instruir futuros professores sobre as questões políticas, didático-pedagógica, linguística e, sobretudo, humana acerca da pessoa cega ou com baixa visão”, destaca.
Os participantes foram avaliados de forma contínua ao longo do processo, sendo sua progressão resultante do cumprimento de cada atividade nos prazos estabelecidos em seu cronograma. A cada atividade realizada o aluno obteve o (feedback) da facilitadora em loco com oportunidade de efetuar a revisão.
Para conclusão do curso 2022 foi realizado como avaliação final com elaboração e confecção de livros em Braille com histórias infantis que serão cedidos para biblioteca da escola para serem efetuados projetos de leitura acessível e inclusiva para todos.
Fotos: Pedagoga Adriana Bonilha na finalização do curso “Expansão do Sistema Braille – leitura e escrita acessível e inclusiva para professores” (divulgação)
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