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1º de Dezembro é Dia Mundial da Luta Contra a Aids

Aids

O mês de dezembro é um período destinado ao combate à Aids, conhecido como “Dezembro vermelho”, no seu dia 1º é celebrado o Dia Mundial da Luta Contra a Aids como forma de estimular a conscientização sobre a doença, combate a estigmas e disseminação de tratamentos e prevenções.

De acordo com o Boletim epidemiológico de HIV/Aids, em 2021, o Brasil registrou por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 40,8 mil casos de HIV e 35,2 mil casos de Aids, reforçando a importância de se debater o tema.

Genética e HIV

De acordo com o Pós PhD em neurociências e especialista em genômica membro da Royal Society of Biology no Reino Unido, Fabiano de Abreu Agrela, estudos recentes já indicam que a genética também possui grande influência na resistência ao HIV.

“O HIV age afetando o sistema imunológico do indivíduo, facilitando a entrada de outras doenças no organismo. Um estudo já identificou uma forte relação entre a variante rs333 do gene CCR5 e uma maior resistência à infecção pelo HIV fazendo com que ela dificulte a entrada do vírus do HIV nos glóbulos brancos”.

“Um pequeno detalhe, mas muito importante, sobre esses dados é que ele está mais presente em pessoas caucasianas e em menor proporção em pessoas negras e japonesas, podendo indicar uma menor resistência dessa população ao vírus do HIV”.

“Por isso, com pesquisas mais aprofundadas e com a realização de testes genéticos é possível identificar com maior precisão uma predisposição para infecções e, assim, direcionar e intensificar cuidados preventivos e testagens”, destaca Dr. Fabiano.

Principais informações sobre a Aids

A AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – é a fase avançada da infecção pelo HIV – o vírus que causa a AIDS atacando o sistema imunológico. A infecção pode ser prevenida com o uso de preservativos, seringas limpas e testagem regular. As principais formas de transmissão do vírus são relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de agulhas e de mãe para filho durante gravidez, parto ou amamentação.

Atualmente, a doença não tem cura, mas métodos como o PEP (Profilaxia Pós-Exposição), onde o paciente é tratado de forma imediata após exposição ao vírus e PREP (Profilaxia Pré-Exposição), onde o uso é feito de forma preventivo do antirretroviral por pessoas sem o vírus, podem ajudar a reforçar a prevenção e infecção do vírus.

Dia Mundial da Luta Contra a Aids

Em 1987, durante a 3ª Conferência Internacional de Aids, realizada em Washington (EUA), 200 mil pessoas, ativistas e pessoas vivendo com o vírus, participaram do lado de fora do evento. Queriam ser ouvidas pela comunidade científica e pelo mundo, pois naquele momento, em que não havia tratamento, o silêncio era uma forma de morte.

No ano seguinte foi proposta a criação do Dia Mundial de Luta Contra Aids e, em 27 de outubro, a Assembleia Geral da ONU e a Organização Mundial de Saúde instituíram o 1º de dezembro como data comemorativa, cinco anos após a descoberta do vírus causador da doença (HIV – vírus da imunodeficiência humana). Naquela época, 65,7 mil pessoas já tinham sido diagnosticadas com o vírus e 38 mil já tinham falecido.

A iniciativa se consolidou e até hoje o 1º de Dezembro é marcado como o dia de uma campanha global que combate o preconceito, a desinformação e o estigma que ainda perduram em torno da doença.

Esta data constitui uma oportunidade para apoiar as pessoas envolvidas na luta contra o HIV e melhorar a compreensão do vírus como um problema de saúde pública global.

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) destaca a necessidade urgente de acabar com as desigualdades que impulsionam a Aids e outras pandemias ao redor do mundo.

Sem uma ação ousada o mundo corre o risco de não atingir as metas para acabar com a Aids até 2030. Acabar com as desigualdades exige uma mudança transformadora. Políticas econômicas e sociais precisam proteger os direitos de todas as pessoas e prestar atenção às necessidades das comunidades desfavorecidas e marginalizadas.

Os governos devem, agora, passar do compromisso à ação. Promover o crescimento social e econômico inclusivo, eliminar leis, políticas e práticas discriminatórias a fim de garantir a igualdade de oportunidades e reduzir as desigualdades.

Créditos: Dr. Fabiano de Abreu Agrela (MF Press Global) Foto Ilustrativa (PixaBay)

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