Adolescentes morrem por asfixia com aquecedor improvisado
Dois adolescentes de 15 e 17 anos morreram, de sexta-feira, dia 30 para sábado, dia 31,em Ouro Fino, por asfixia decorrente a um aquecedor improvisado aceso dentro do quarto. Daniel B. da Silva e Luiz Gustavo T. da Silva, morreram no local e outros dois rapazes de 19 e 21 anos foram socorridos em estado grave.
O grupo de amigos teria se reunido na noite da sexta-feira, dia 30, sendo três irmãos mais um amigo, em uma casa localizada no Bairro Gargatá. Os meninos resolveram improvisar um aquecedor para conter o frio e colocaram um tambor com madeira dentro do quarto onde estavam e atearam fogo.
Todos dormiram no local e foram sufocados com a falta de oxigênio devido a combustão da madeira no local fechado.
Os pais de Daniel, Luiz Gustavo e mais um adolescente e proprietários do imóvel, sentiram a falta dos filhos durante decorrer no do dia deste sábado. Tentaram contato, mas eles não atendiam o telefone.
Segundo divulgado, os pais trabalham fora durante a semana e só retornam no final de semana. Viram por volta das 16h30, uma fumaça saindo do interior do imóvel e ao entrarem no local, se depararam com seus três filhos desacordados e mais o colega de um dos filhos de 15 anos, todos deitados em dois colchões.
De imediato, o SAMU foi acionado e os socorristas ao chegarem no local puderam constatar o óbito dos de Daniel e Luiz Gustavo, provavelmente por asfixia e os outros maiores foram encaminhados em estado grave para o Hospital Samuel Libânio, em Pouso Alegre.
A Polícia Militar esteve no local e preservou o ambiente para os trabalhos da perícia da Polícia Civil e os corpos foram liberados em seguida para que fossem encaminhados para o IML.
Perigo dos aquecedores improvisados
A utilização de aquecedores no inverno precisa de atenção para com o perigo doa acidentes como incêndios ou mortes súbitas por falta de oxigênio no ambiente.
Para aquecer ambientes internos, a utilização de aquecedores não dispensa cuidados, como manter uma ventilação adequada e um duto de saída dos gases oriundos da combustão para fora do ambiente fechado, evitando a contaminação por monóxido de carbono.
Os aquecedores comumente encontrados no mercado são os a gás, álcool, elétricos, a óleo ou além, é claro, daqueles que utilizam lenha para produção de calor.
Veja alguns tipos de aquecedores e os cuidados necessário para utilizá-los
Aquecedores a gás: A instalação correta conforme as normas técnicas deve ser verificada, pois o vazamento de gás pode causar explosão num ambiente com pouca ventilação apenas com a faísca do acender de uma lâmpada. Outro perigo está na produção do monóxido de carbono que ocorre após a queima do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) ou do GN (Gáz Natural), por isso deve-se instalar um duto de saída do gás queimado para área externa.
Aquecedores a álcool: Os aquecedores a álcool podem ser utilizados tanto em áreas externas como internas, desde que o ambiente tenha ventilação suficiente para manter o suprimento de oxigênio. A baixa quantia de oxigênio para respiração pode levar a desmaios súbitos e até a óbitos por hipóxia.
Aquecedores Elétricos: Esses são os mais comuns e utilizados para aquecer banheiros antes do banho e os cuidados que devemos ter com este eletrodoméstico são de nunca deixar próximo de local com água, pois pode cair e causar um curto circuito e iniciar um incêndio, e nunca deixá-lo em funcionamento por muito tempo para que não ocorra o derretimento dos pólos de eletricidade, o que também pode gerar um curto circuito.
Aquecedores a óleo: Estes são os equipamentos de aquecimento de ambientes internos mais seguros, pois possuem termostato de controle de temperatura que desliga o equipamento quando atinge a temperatura escolhida, além que não produzir queima, evitando assim a contaminação por monóxido de carbono.
Aquecedores à lenha: Demandam um local apropriado para sua utilização, pois podem gerar pequenas centelhas que voam do local da chama e podem causar incêndios se caírem em carpetes por exemplo. A ventilação do local onde se encontra o aquecedor também tem que ser mantida para garantir o fornecimento de oxigênio para as pessoas presentes no local.
Vale ressaltar sobre o monóxido de carbono, pois a contaminação com esse gás que não tem cheiro nem cor prejudica a troca gasosa que os glóbulos vermelhos fazem ao passar pelo pulmão.
O CO (monóxido de carbono) se liga com a as moléculas de Fe (ferro), presentes nos glóbulos vermelhos, mais facilmente do que o O² (oxigênio), levando a hipóxia (diminuição dos teores de oxigênio a determinado grau que leva a pessoa ao desmaio, podendo até ocasionar óbito).
Foto: Divulgação / Reprodução
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