A HORA DO BLEFE, por Celso Antunes

A HORA DO BLEFE

A comemoração do Dia da Independência, em 7 de setembro, será de confusão, tumulto, ameaças, violência, agressões e risco de morte.

O modo bruto se antevê pela convocação dos ruralistas, boiadeiros, caminhoneiros, evangélicos pentecostais, policiais militares da reserva e outros.

São incentivados por Bolsonaro que chegou a dar ultimato aos juízes do Supremo Tribunal Federal (STF).

A “Nova Independência”, como denominam o ato, ocorrerá em centenas de cidades, Brasília e São Paulo concentram as preocupações maiores sobre atos de violência.

Sérgio Reis explicou que irão montar acampamento para defender Bolsonaro e “invadir, quebrar tudo e tirar os ministros do Supremo na marra”, se referindo ao STF e ao Senado.

As chances de sucesso são mínimas.

Provocará o aumento da confusão nacional empurrando a nação para um abismo ainda mais profundo do que já se encontra.

É coisa de maluco ignorar a doença que ainda mata 20 mil brasileiros por mês, o atraso na vacinação, 70% não foram vacinados, o aumento do desemprego, o preço dos alimentos, gás, combustíveis e energia, o avanço da miséria e fome no país e PIB (Produto Interno Bruto), negativo.

A questão sanitária é desfavorável pela variante Delta, a aglomeração numerosa resultará em instalação definitiva do vírus a provocar nova onda da pandemia da nação.

Bolsonaro está em inferno astral, o país vai mal em todos os setores, ele despenca nas pesquisas a cada dia e a família inteira está enrolada em denúncias de corrupção grossa ameaçada de ordem de prisão.

A “Nova Independência” é ato de desespero, última carta que resta no jogo político com a qual ele espera se tornar competitivo em 2022.

Bolsonaro previu seu futuro em três alternativas: preso, morto ou vitória.

O blefe do dia 7 tem maior chance de não funcionar e selar a derrota em definitivo.

 

*Celso Antunes, Águas de Lindoia (SP), escreve toda semana neste espaço.

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