POR UMA POLÍTICA DA ÁGUA, por Celso Antunes

POR UMA POLÍTICA DA ÁGUA

Jamais seremos realmente estância hidromineral se o abastecimento de água não for solucionado.

A situação é semelhante ao paradoxo da alegria triste, isto é, a contradição com o nome do município.

Nesse vai da valsa o desfecho será a volta do Termas de Lindoia.

A Fonte é a única que não se esgota, Lindoia é município com água, juntando uma e outra, tirar “Águas” do nome é evitar publicidade enganosa.

Essa ideia é absurda, mas qualquer ideia hoje sobre a água em Águas de Lindoia se tornou perigosa.

O problema é visto pelo avesso.

É tido como agressão ao gestor municipal.

Inverte-se a expectativa e parte-se à procura de culpados nas administrações passadas.

O exercício é inútil, senão, para mostrar lealdade ao Prefeito.

Isso não interessa à população que ao abrir a torneira espera apenas que tenha água.

Deve-se ficar claro que o prefeito Gil Helou não é culpado.

Todos sabem que o abastecimento de água é problema crônico e de solução complexa.

Também, deve-se estar ciente que a solução não está em gestão, que é troca de gerente, ou em politicagem, que é a pura enganação.

É necessário sim a criação de uma “Política da Água” para o município.

Ganha uma eleição quem propor esse objetivo.

O município teria condições de enfrentamento à Agência Nacional de Mineração contra a interdição da Fonte Lindália que fechou as torneiras do Rofatto em plena seca na cidade.

Em crise hídrica a interferência do governo federal no município não pode ser mais ingrata cabendo recurso junto ao STF (Supremo Tribunal Federal), em caráter liminar.

Se a água estiver servindo ao abastecimento público se faz necessária a reação do executivo e legislativo municipal.

A não ser que estejam concordando com a política do governo Bolsonaro de privatização da água.

 

*Celso Antunes, Águas de Lindoia (SP), escreve toda semana neste espaço.

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