NÃO-TOU-NEM-AÍ, por Celso Antunes
NÃO-TOU-NEM-AÍ
Tudo indica que as eleições de 2022 será a “luta do século”, o confronto Bolsonaro x Lula.
O lindoiense não terá dificuldade em escolher o candidato, o representante de Bolsonaro na cidade foi derrotado, elegeu-se o mais experiente.
A senha para as eleições de 2022 será a mesma, a do candidato experiente, ao qual se terá que superar o preconceito e a rejeição.
Lula eleito encontrará o Brasil pior que em 2002 quando foi eleito pela primeira vez.
Estima-se hoje que 100 milhões de brasileiros estejam em estado de insegurança alimentar, 20 milhões passando fome e as favelas duplicaram.
O Brasil foi o último país a abolir a escravidão dos negros, mostra-se disposto a manter pobreza e miséria como nova marca histórica.
Não se procura a solução do mais grave problema nacional, a extrema desigualdade social.
Esse absurdo, dentre inúmeros outros da educação, saúde, meio ambiente e saneamento, revelam o caráter da república brasileira.
A concepção de nação, como máxima moral, era defendida pela monarquia na pessoa de D. Pedro II e se perdeu ao longo do tempo.
A república veio para atender aos interesses de grupos econômicos, os senhores de escravos e não à nação.
Como a evolução aos dias atuais prevalece a república de mercado esquecendo-se a ideia de nação.
Grupos econômico-financeiros elegeram Paulo Guedes como o presidente de fato e Bolsonaro, com a superstição de mito, a apenas freguês do Posto Ypiranga.
É engano considerar a vitória de Lula como numa revanche de luta de boxe com retomada do cinturão e ponto final.
A vitória somente terá sentido se despertar o sentimento de nação com expectativa de dias melhores para a população em todos os níveis, federal, estadual e municipal.
Democracia verdadeira o povo constrói com enfrentamento e protesto contra candidatos do não-estou-nem-aí para a nação.
*Celso Antunes, Águas de Lindoia (SP), escreve toda semana neste espaço.
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