ENCRUZILHADA, por Celso Antunes
ENCRUZILHADA
O Palmeiras perdeu o título mundial por um detalhe.
A bola bateu no braço de Luan, a regra considera penalidade.
A vitória do Chelsea veio do pênalti que foi marcado.
Luan não teve culpa, a derrota se deve à regra.
A regra absurda, destruiu a esperança e fez brotar o inconformismo, foi um golpe.
O Palmeiras tem o melhor futebol da América do Sul, opinião insuspeita de um corintiano como este que escreve.
Que o Palmeiras continue a servir de modelo para superar o futebol europeu e o Brasil recobre o título de melhor futebol do mundo.
Todo conhecimento nasce da comparação, é princípio filosófico.
A derrota do Palmeiras se compara com o golpe que sofreu o Brasil em 2015, ou vice-versa, quando a presidente Dilma recebeu a penalidade máxima do impeachment.
Como Luan, Dilma não foi considerada culpada, sendo absolvida e com direitos políticos mantidos.
Recentemente, a lei foi alterada para evitar o impeachment de Bolsonaro.
Na linguagem do futebol, Bolsonaro foi salvo pelo tapetão.
Está claro, o sistema político atual é um jogo, as leis são modificadas por interesses particulares.
O poder de beneficiar uns e prejudicar outros, tem sido usado na elaboração das leis do país a culminar no maior problema da nação, a crise moral.
O STF tem que funcionar como VAR, como ao anular todos os atos do sinistro juiz Moro que impediram Lula de ser candidato em 2018 e restabelecer sua liberdade.
Esse e outros exemplos levam Bolsonaro a considerar o STF inimigo e a fazer ameaças de fechamento com uso da força militar.
Desde 2015 há confusão nacional, desconstrução dos avanços havidos no passado e ausência de plano de governo, inclusive, no combate à epidemia, o Brasil está em decadência.
A encruzilhada está em outubro e as opções são, continuar ou mudar.
*Celso Antunes, Águas de Lindoia (SP), escreve toda semana neste espaço.
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