Serra Negra lança orientações para a rede hoteleira sobre Monkeypox

A Prefeitura de Serra Negra, através da Secretaria de Saúde, lançou nesta sexta-feira, dia 12, um documento com Orientações para hotéis, pousadas, e congêneres relacianadas a Monkeypox.

No documento estão informações sobre o vírus, como:

  •  Trata-se de uma doença zoonótica viral que ocorre principalmente em áreas de floresta tropical da África Central e Ocidental e é ocasionalmente exportada para outras regiões;
  • A Monkeypox (MPX) é uma doença causada pelo Monkeypox vírus, do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae;
  • Tem sintomas similares à Varíola, sendo o contágio e os sintomas mais brandos;
  • Conforme Alerta Epidemiológico emitido pela Secretaria de Estado da Saúde, a nomenclatura “Varíola dos Macacos” eve ser substituída por “Monkeypox (MPX)”, a fim de evitar que haja um estigma e ações contra Primatas Não Humanos (PNH);

As orientações para a Rede Hoteleira também destacam os  Sintomas mais comuns da doença:

  • Pústulas (bolhas) na pele de forma aguda e inexplicável dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda

Como proceder em casos suspeitos

A Secretaria de Saúde de Serra Negra, com base no que prescreve a Organização Mundial de Saúde, a OMS, descreve  quadros diferentes de sintomas para casos suspeitos, prováveis e confirmados.

1 – Passa a ser considerado um caso suspeito: Qualquer pessoa, de qualquer idade, que apresente pústulas (bolhas) na pele de forma aguda e inexplicável e esteja em um país onde a varíola dos macacos não é
endêmica. Se este quadro for acompanhado por dor de cabeça, início de febre acima de 38,5°C, linfonodos inchados, dores musculares e no corpo, dor nas costas e fraqueza profunda, é necessário fazer exame para confirmar ou descartar a doença.

2 – Casos considerados “prováveis” incluem sintomas semelhantes aos dos casos suspeitos: Caso tenha ocorrido contato físico pele a pele ou com lesões na pele, contato sexual ou com materiais contaminados 21 dias antes do início dos sintomas. Soma-se a isso, histórico de viagens para um país endêmico ou ter tido contato próximo com possíveis infectados no mesmo período.

3 – Casos confirmados: Ocorrem quando há confirmação laboratorial para o vírus Monkeypox por meio do exame PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) em tempo real e/ou sequenciamento.

Com relação as principais formas de transmissão conhecidas do vírus Monkeypox (MPX), o documento destaca:

  • Monkeypox é transmitida para Humanos através de contato próximo com pessoas, animais ou humanos infectados;
  • Contato com secreções respiratórias ao falar, tossir ou espirrar;
  • Também é transmitida de pessoa para pessoa através do contato com as lesões ou crostas, fluídos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados (exemplo: roupas de cama, talheres e superfícies);

Como a hotelaria de Serra Negra pode previnir a Monkeypox

Com relação a prevenção a Monkeypox, a Secretaria de Saúde destaca no documento encaminhado a Rede Hoteleira do Município:

  • Recomendado o uso de máscaras por colaboradores e hóspedes;
  • Intensificar a higienização de todos os ambientes, bancadas, superfícies e equipamentos de uso comum (telefone, teclados, mouses, etc.) com álcool a 70%, pode ser utilizado papel filme para revestir estes equipamentos evitando assim danificá-los;
  • Recomendada a utilização de luvas para que a pessoal se sirva no serviço de “self-service”;
  • Recomenda-se para a utilização de sauna que seja feito controle relacionado à higienização e, se possível, com horários agendados;
  • Recomenda-se a não utilização de toalhas de mesa de tecido, somente de material liso e de fácil higienização;

Sobre os Procedimentos Operacionais Padrão (POP):

  • Aplicar questionário relacionado à saúde no momento da reserva, quando não houver reserva, deverá ser aplicado no check-in;
  • Incluir no POP’s os procedimentos para conter a disseminação da Monkeypox (MPX) relativo à higiene de utensílios, métodos de higienização, realização de planilhas de higienização e uso de EPIs;
  • Disponibilizar álcool em gel em frasco dosador para higiene das mãos em vários locais de fácil acesso para hóspedes e colaboradores;
  • Redobrar a atenção nos serviços de camareira, revisar os protocolos e capacitar todas que exercem esta função;

Limpeza dos quartos:

  • Os serviços de limpeza do quarto devem ocorrer quando os hóspedes não estiverem presentes e, preferencialmente aguardar algumas horas para o início da limpeza;
  • Sempre que possível, manter os quartos abertos, possibilitando ventilação natural;
  • Os produtos utilizados devem possuir eficácia comprovada na eliminação de vírus, como por exemplo álcool 70%INPM ou qualquer outro composto previsto à Nota Técnica 47/2020/SEI/COSAN/GHCOS/DIRE3/ANVISA e que seja registrado no Órgão Competente;
  • Os EPI’s como luvas e máscara são imprescindíveis para a limpeza destes espaços;
  • Na retirada da roupa de cama estas não devem ser sacudidas;
  •  Vassouras devem ser evitadas;

Comunicação com os colaboradores:

  • Antes do início da jornada de trabalho, aferir a temperatura e conversar com cada colaborador sobre possíveis sintomas ou contato com casos suspeitos e/ou confirmados para Monkeypox;
  • Orientação desse colaboradores sobre as principais formas de contágio e os principais sintomas da doença;

Sugestão de questionário de saúde com relação a Monkeypox (MPX):

  • Qualificação do hóspede. (nome, idade, endereço, documento identificador)
  • Histórico de viagem nos 21 dias que antecedem a data do início da hospedagem.
  • Se já contraiu o vírus ou teve suspeita nos 21 dias que antecedem a hospedagem.
  • Se está com alguns dos seguintes sintomas: Pústulas (bolhas) na pele de forma aguda e inexplicável; Dor de cabeça; Febre acima de 38,5°C; Linfonodos inchados; Dores musculares e no corpo; Dor nas costas; Fraqueza profunda. Se nos 21 dias que antecedem a reserva o hóspede teve contato com suspeito/confirmado para Monkeypox (MPX).

Foto: Divulgação / Reprodução

Veja também:

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