NEGÓCIO DA CHINA
Não é possível imaginar que tenham fim, as guerras sempre estarão presentes no mundo.
A ONU – Organização das Nações Unidas – alterou o clássico conceito de paz criado em 1948 após os horrores da Segunda Guerra Mundial.
A modificação do conceito se deu em 2013, passando de “forças de manutenção de paz” para “forças de imposição de paz”.
A política de imposição de paz significa estar em estado de guerra contínua e em permanente ofensiva.
Descartado os combates de grandes proporções pela existência de armas termonucleares de destruição em massa, os estrategistas falam hoje em Guerra de 4ª Geração.
Nesse tipo de conflito se utilizam de todas as forças políticas, econômicas, comerciais, judiciais, sociais, religiosas e militares para vencer as decisões inimigas.
O objetivo não é derrotar o inimigo militarmente.
Procura-se o enfraquecimento psicológico mais que físico e se recorre, excessivamente, à guerra psicológica, à guerra de informação e à propaganda.
As nações mundiais estão envolvidas, direta ou indiretamente, pela Guerra de 4ª Geração e por seus métodos.
Muitos acreditam, mesmo entre nós lindoienses, que o vírus foi fabricado em laboratório chinês, a quarentena é para tornar a população escrava, a vacina chinesa irá matar muita gente, o governo do Estado é comunista está sob a orientação da China.
Essas “informações” maravilhosas se encontram nos grupos das redes sociais ao compartilhar, diariamente, fakes new, mentiras e deboches produzidos por uma fábrica clandestina bem paga para produzir esse material.
As mídias tradicionais, jornais, rádio, televisão, jornalistas e comentaristas, dependem de matéria filtrada pela Associated Press, agência de notícias de Nova Iorque, detentora do monopólio de notícias no mundo ocidental.
Na mesma orientação das religiões americanas seguem-se pastores e religiosos clamando vigorosamente contra imaginária força do mal que ameaça a família e o cristianismo.
Autoridades destacadas do governo federal, ministros e deputados copiam o discurso dos Estados Unidos e acusam a China como o grande mal e assim, batem o carimbo de autenticação na crise de desinformação provocada no país.
A Guerra de 4ª Geração está sendo travada entre os Estados Unidos e a China.
A China é a segunda maior economia do mundo, as projeções estimam que ultrapassará os Estados Unidos até 2050 e poderá se tornar o centro da ordem mundial segundo Henry Kissinger, ex-secretário americano.
Ao ocupar cada vez mais espaço a China interfere diretamente nos interesses estadunidenses.
A rivalidade entre os países está na pior fase das últimas décadas e tornou-se mais aguda a partir da eleição do Donald Trump em 2016.
“A China representa a maior ameaça à América hoje e a maior ameaça à democracia e à liberdade em todo o mundo desde a Segunda Guerra Mundial” declarou John Ratcliffe, diretor de inteligência nacional dos EUA (04.12).
A gravidade dessa declaração dá a dimensão da guerra entre EUA e China.
O Brasil, dada sua importância na América do Sul, foi envolvido para garantir o controle americano na sua área de influência.
É reedição da Doutrina Monroe de controle das Américas, pelos EUA, do século XIX.
A história da política brasileira, principalmente, no último quinquênio é explicada pela história americana que usou de artifícios para impedir a permanência ou a eleição de presidente da República não alinhado com sua estratégia política.
O comportamento pró-Trump, pró-americano e contrário à China do presidente Bolsonaro, filhos, certos ministros e assessores do governo federal está justificado, é gratidão pela vitória
A China é o maior parceiro comercial do Brasil.
Esse país respondeu em 2019 por 28,1% das exportações nacionais com superávit de 27,6 milhões de dólares. Em relação aos Estados Unidos o Brasil fechou com déficit de 525,53 milhões de dólares.
“Negócio da China” é expressão que se originou das viagens de Marco Polo ao Oriente no longínquo século XIII significando negócio altamente lucrativo, o que tem se confirmado nos dias atuais para o Brasil.
O que importa para a nação são negócios.