Neste domingo (6) tem carreata contra implantação de pedágio no Circuito das Águas
A proposta do governo Tarcísio de Freitas de implantar 47 pórticos de pedágio com o sistema Free Flow nas rodovias do interior paulista enfrenta oposição cada vez maior. Uma grande carreata reunirá manifestantes de Amparo e das cidades do Circuito das Águas para tentar impedir o avanço da instalação de novos pedágios.
Neste domingo, dia 06, haverá carreata em diversas cidades, com saída de Águas de Lindoia, às 9h, e destino a Amparo, para o lançamento da campanha para um projeto de lei de iniciativa popular contra os pedágios, o movimento foi organizado para dar visibilidade ao protesto. Prefeitos, empresários e moradores da região veem a medida como um entrave ao desenvolvimento local e prometem intensificar a pressão contra o governo estadual.
Na chegada a Amparo, prevista para 10h30, às caravanas de manifestantes, de todas as cidades, numa carreata única, se concentrará na Praça Pádua Sales, onde ocorrerá uma grande mobilização em busca de assinaturas de apoio a um Projeto de Lei de Iniciativa Popular, que tenta impedir a implantação de novos pedágios a menos de 60 km dos já existentes e a menos de 40 km das cidades turísticas no estado de São Paulo – o que, na prática, inviabilizaria quase todos os pedágios que o governador Tarcísio de Freitas quer colocar na região.
O movimento contra os pedágios começou a ganhar força regional em 6 de março, data em que foi realizado um debate municipal sobre os novos pedágios, em Amparo, articulado pelo prefeito Carlos Alberto Martins (MDB). Na ocasião, vereadores de diversas cidades se manifestaram contra a proposta do governo estadual. No domingo, 06.04, o movimento completa 30 dias e vem contabilizando apoios de dezenas de lideranças políticas, empresariais e da sociedade civil.
Veja a lista das cidades de onde sairão as carreatas de domingo, 6 de abril, todas com destino em Amparo:
- Águas de Lindoia: Concentração no espaço Burle Marx. Saída da carreata às 9h em direção a Lindoia, depois Serra Negra e Amparo.
- Lindoia: Concentração na Praça das Águas a partir das 9h. Segue para Serra Negra e depois Amparo.
- Socorro: Concentração no Posto Portal. Saída às 9h para Lindoia, depois Serra Negra e Amaro.
- Serra Negra: Concentração no Centro de Convenções. Saída às 9h30 direto para Amparo.
- Monte Alegre do Sul e demais cidades: Concentração nas respectivas câmaras municipais. Saída às 9h30. As carreatas se encontram no trevo Monte Alegre/Amparo e seguem para Amparo.
Em Amparo, os participantes de todas as carreatas se concentram na Praça Pádua Salles, onde haverá mutirão de coleta de assinaturas ao projeto de lei de iniciativa pública.
NÚMEROS
Veja algumas informações importantes sobre os impactos dos pedágios na vida dos moradores das cidades do Circuito das Águas e também dos turistas:
Tarcísio critica resistência às concessões: “placa de ‘não ao pedágio’ não me emociona, prefiro diálogo”
Fonte: Pontal On de Engenheiro Coelho

O governador Tarcísio de Freitas afirmou na sexta-feira (21), durante visitas a Campinas e Pedreira, que está aberto ao diálogo para discutir o modelo de concessão de rodovias incluídas no programa das Rotas Mogiana e Circuito das Águas. Em meio a debates sobre novas praças de pedágio, ele destacou a importância da infraestrutura para o desenvolvimento e garantiu que o governo está disposto a ouvir a população e ajustar projetos conforme necessário.
“Ninguém gosta de pedágio, eu também não gosto. Sou contra. Quer pagar pedágio? Não, não quero. Eu estou aqui para pensar no que vai fazer diferença no futuro. Se eu fosse pensar no que era popular, para que eu ia investir R$ 14 bilhões para fazer um trem Intercidades Campinas em São Paulo que vai ficar pronto em 2031? Que eu não vou ver pronto nem no segundo mandato. Eu poderia pulverizar esse dinheiro, partir para a política de paróquia e colher dividendos políticos, não seria muito mais razoável? Não vou fazer isso”, disse o governador.
Ele ressaltou que as concessões são um meio de garantir melhorias nas rodovias paulistas. “Se o Mário Covas, lá atrás, não tivesse feito concessões de rodovias no Estado de São Paulo. Como seria a infraestrutura de São Paulo hoje? Um cara que pegou um Estado arruinado. E hoje, das dez melhores rodovias do Brasil, nove estão em São Paulo”, pontuou.
Sobre a concessão do Circuito das Águas, o governador rebateu críticas de que a medida prejudicaria o turismo. “O turista, quando botar na balança e perceber que vai pagar um pedagiozinho, mas no final terá 187 quilômetros novos de duplicação e mais segurança, ele vai dizer que vale a pena”, defendeu.
Tarcísio também mencionou casos em que o governo atendeu a pedidos da população. “Na Nova Raposo, prefeitos pediram para retirar a duplicação da Estrada dos Romeiros porque poderia afastar o turismo. Eles estavam certos, e nós tiramos”, exemplificou.
“Eu nunca vi investimento em infraestrutura tirar prosperidade. Eu sempre vi investimento em infraestrutura trazer prosperidade. Eu nunca vi investimento em infraestrutura, via duplicada, tirar a gente e afastar a gente. Eu sempre vi investimento em infraestrutura trazer gente. E as outras questões são para discutir. Porque nunca um projeto sai igual ao que entrou de uma consulta pública. Jamais. Porque a consulta pública é justamente para colher sugestões. É justamente para ver o que faz sentido e o que não faz sentido”, defendeu.
“A melhor forma de fazer a diferença é participar da elaboração do projeto. A melhor forma de fazer a diferença é apresentar sugestões. A melhor forma de fazer a diferença é conversar. A porta está aberta”, concluiu Tarcísio, reafirmando seu compromisso com o diálogo na definição dos projetos rodoviários do estado.
“Vamos conversar? Vamos construir? Vamos dar solução? É melhor do que ficar com a placa, ‘não ao pedágio, não ao pedágio’”, até porque isso não me emociona. Já dei mostras disso. E eu gosto do diálogo, não gosto da conspiração. Eu valorizo quem quer sentar na mesa e quer construir. Eu valorizo quem pensa no futuro. Eu valorizo quem está pensando o melhor na população”, concluiu.
Foto: Reprodução / Denny Cesare / Governo do Estado de SP
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Esse tipo de decisão deveria ser por votação online (celular) para moradores locais e turistas da região ( comprovados ). Ninguém quer perder tempo conversando, perder dia de trabalho, pois temos que pagar os salários dos políticos como você e ainda sustentar nossa família. Eu discuto assuntos relevantes com minha família e amigos durante umareunião agradável, não sou pago como vocês políticos pra ficar vivendo de blablabla e tomadas de decisões sem votação pública.
Se falar que celular/votação não é seguro. Então por que usamos celular para gerir dinheiro e informações sigilosas?